terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A Arte do Nanquim - parte 3

No desenho abaixo, usei canetas descartáveis para fazer as hachuras (o tracejado que dá sensação de volume e determina as áreas de luz e sombra), e o pincel para cobrir as áreas mais escuras, como a camisa e o cabelo de Elvis Presley. No lado esquerdo do rosto, usei a caneta número 0,05mm para ficar mais claro, e no lado direito, os números 0,3 e 0,8mm para escurecê-lo.

No cabelo, além de pincel e tinta nanquim, lancei mão de um recurso normalmente utilizado para corrigir erros: o guache branco. A mistura do nanquim com a tinta guache produz este efeito azulado, que aparece no topete do cantor.

clique para ampliar

Material utilizado:

                         Canetas nanquim descartáveis Staedtler 0.05, 0.3 e 0.8mm;
                         Tinta nanquim Talens 30ml.;
                         Pincéis redondos Condor 477 n° 04 e 10;
                         Tinta guache Talens branca, 16ml;
                         Papel Opaline 180g. A-4.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A Arte do Nanquim - parte 2


Aqui, você vê um exemplo de ilustração feita com canetas de nanquim descartável (um composto químico que imita o nanquim, e tem variaçãoes de espessura) e pincel. Perceba que nas áreas preenchidas com o pincel, como os cabelos e o colete de John Lennon, o preto fica mais intenso do que nas áreas em que utilizei a caneta descartável, caso das linhas faciais do músico.

clique para ampliar


Material:
              Papel Opaline 180g;
              Canetas descartáveis Uni-Pin 0.1, 0.3 e 0.8mm
              Pincéis Condor série 484 e 477, números 0, 4 e 10


 

terça-feira, 29 de novembro de 2011

A Arte do Nanquim


 

 A Tinta Nanquim é um material corante que primitivamente vinha da China, preparada com negro-de-fumo (pó-de-sapato) coloidal e empregada especialmente para desenhos e aquarelas. Era retirada de glândulas dos animais cefalópodes”[1].


A utilização artística da tinta nanquim pode ser feita de diversas formas, desde o uso da pena até o pincel. Todas estão abarcadas pelo termo Técnica de Bico de Pena. Mas por que bico de pena?

Antigamente, desde a China de dois milênios atrás até o século XVIII, utilizava-se a pena - extraída especialmente do ganso - para a escrita e o desenho. O ganso tinha preferência por ter penas de ponta dividida. As “penas” de metal, atualmente utilizadas na caligrafia artística e no desenho, buscam imitar esta fenda natural.

Criada no início do século XIX, creditada a um calígrafo de nome Wise, a pena metálica era feita de aço, e seu formato rústico acabava por arranhar o papel. Seu uso tornou-se mais popular a partir de 1820, devido à produção em grande escala, proporcionada pela Revolução Industrial. Neste período, já havia uma técnica mais apurada para sua fabricação, que permitiu a criação de vários tipos de ponta, para os mais variados traços.
clique para ampliar

clique para ampliar

clique para ampliar




Ilustrações: Matheus C. Amorim
Técnica: Bico de pena
Material: Canetas nanquim descartáveis


[1] Saade, Lima, Munin, Pacheco e Pilla - CARACTERIZAÇÃO TERMO-ÓPTICA EM TINTA NANQUIM   
   DILUÍDA EM TETRAHIDROFURANO
   IP&D, Universidade do Vale do Paraíba, 2007